quinta-feira, 16 de outubro de 2014

As mulheres e os benefícios dos exercícios físicos



Veja as inúmeras vantagens de se ter uma vida saudável

Malhar é bom não só para as pessoas ficarem mulher ficar em paz com a balança. Além de perder os indesejáveis quilos a mais, fazer exercício físico ajuda a prevenir e tratar uma série de doenças e incômodos que afetam a população feminina. A começar pela TPM (Transtorno Pré-menstrual), distúrbio que atinge mais de 50% das que estão em período fértil, deixando-as à beira de um ataque de nervos e aterrorizando seus companheiros.



Não se sabe ainda ao certo o que provoca essa explosão mensal de sintomas, mas estudiosos supõem que os hormônios progesterona e estrogênio podem interagir com neurotransmissores (substâncias químicas existentes no cérebro) resultando na TPM.

De concreto, sabe-se que atividade física traz alívio a esses sintomas. Exercícios aeróbicos oxigenam as células, reduzindo o inchaço. Também liberam hormônios chamados endorfinas, que proporcionam prazer, aliviando a irritabilidade e a depressão.

Essas mesmas endorfinas têm efeitos analgésicos em quadros de dores intensas e que têm maior incidência nas mulheres como fibromialgia e enxaqueca. A substância age de forma semelhante à morfina. Por isso, além de medicamentos, sempre prescrevo exercícios físicos para minhas pacientes.

Até mesmo a memória pode ser estimulada com a malhação. A atividade física amplia a área do cérebro chamada hipocampo, ligada à memória. Estudos mostram que, em idosos que executam atividades aeróbicas regulares, o hipocampo é maior do que aqueles que não realizam. Isso foi comprovado por ressonância magnética. Os resultados dessas pesquisas levaram a incluir a atividade física no arsenal terapêutico das pessoas com Doença de Alzheimer, outro mal que afeta mais mulheres do que homens.

O mesmo ocorre com a depressão. Os exercícios aliviam os sintomas da doença porque ativam circuitos neurais ainda pouco conhecidos da ciência. Sabe-se que na pessoa depressiva algumas regiões do córtex cerebral estão atrofiadas. A atividade física, juntamente com medicamento e mudança no estilo de vida, poderia ajudar a reverter essa situação.

Os efeitos benéficos da malhação são tão evidentes que levou o Departamento de Educação Física da UFPE a criar o programa Qualis Vida, que oferece à população em geral (homens e mulheres) várias modalidades de atividade física. Também são realizadas pesquisas a partir dos resultados obtidos com o programa.

Independente do sexo, da idade, e da rotina, encontrar um tempo diário para a prática de exercícios físicos é fundamental. Com ele, a qualidade de vida melhora muito. Aos poucos, os sedentários acabam por descobrir que fazer exercícios é um prazer.


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