quarta-feira, 26 de março de 2014

Shakes: É uma boa ideia substituir refeições por eles?


Os shakes tem muito potencial. Pode-se afirmar isso quando aos níveis de vendas. No entanto, no quesito saúde, não é bem assim. Quando lançados, eles logo viraram moda, pois as pessoas sempre esperar pelo milagre do emagrecimento. No entanto, se você é um desses exemplos, perca as esperanças. O emagrecimento só é possível pela combinação de exercícios físicos com uma dieta balanceada.



As bebidas são desenvolvidas para substituir uma refeição, mas com uma quantidade menor de calorias que as “normais”. Desta forma, o déficit criado gera o emagrecimento. Por exemplo: uma mulher com 1,65m de altura deve ingerir cerca de duas mil calorias diariamente. Um copo de shake tem em média de 200 a 400 calorias. Logo, ao substituir duas das principais refeições, as calorias atingidas ficam longe do recomendado.

Porém, as dietas de baixa caloria podem ser perigosas quando feitas por conta própria, sem o apoio de profissionais de saúde. É o que afirma a nutricionista Telma Ranalli: “Os shakes costumam apresentar alto teor de proteínas para acelerar a perda de peso, este excesso compromete o metabolismo e sobrecarrega algumas funções importantes, como a renal e a hepática”.

Já o nutricionista Danilo Balu aponta o excesso de carboidratos que as bebidas podem conter: “Existem opções com mais de 70 gramas de carboidrato (CHO), fazendo com que, em apenas uma refeição, o shake ultrapasse a quantidade permitida em uma dieta low-carb, que prega cerca de 50 gramas por dia”.
“O alto índice de carboidrato é o maior responsável pelo aumento da glicemia e pela liberação de insulina na corrente sanguínea. E a insulina é responsável pela absorção desta glicose como gordura. Não funciona, primeiro porque se baseia numa dieta de restrição de gordura com compensação justamente no nutriente de maior carga glicêmica (CHO). Segundo, porque se baseia em uma hipótese que nunca de deixou de ser apenas uma hipótese, o balanço calórico”, declara.

Além do processo fisiológico, a nutricionista Andrea Matarazzo aborda a questão psicológica: “Além de nos alimentarmos para dar ao corpo a energia e nutrientes que ele precisa, também há a satisfação em comer, que influencia diretamente na sensação de saciedade. Não vejo nenhum benefício em trocar uma refeição que, além de conter todas as substâncias que existem no suplemento, ainda temos o prazer em comer”.


A perda de peso é um processo lento, que pode ser acelerado com a determinação do indivíduo. No entanto, os shakes não fazem parte de um processo coerente. Se você quer emagrecer, comece se exercitando nas ruas de sua cidade ou em centros de treinamento. Após isso, procure um nutricionista e elabore uma dieta personalizada. Aos poucos, você vai ver que comer bem e praticar atividade física são ações comuns. E lembre-se sempre, fazer exercícios é um prazer.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Personal trainer: Porque ele é tão bom?





É raro um corredor ter a corrida como uma profissão desde sua formação inicial. Que leva ela a sério, caminhando um longo percurso até as pistas na busca por obter os melhores recordes. A maioria dos atletas nasce ao longo do caminho, por necessidade e por descobrir novas práticas saudáveis. A maior parte das pessoas vive num mundo “real” e precisam enfrentar contratempos que, inevitavelmente, afetam a performance. É nesse ponto que entra o personal trainer, com um programa completo de treino e metas que você poderá cumprir mesmo com a rotina alucinante do mundo moderno.

E esse conhecimento profissional pode ser o que falta para você alcançar com segurança as suas metas (e, de repente, até criar novos desafios). E o treinador, além de preparar o seu treino analisando as variáveis da sua vida e produzindo progressões e adaptações para que você melhore aos poucos, é, de certa forma, responsável pela inspiração e pelo suporte emocional que provavelmente a maioria dos corredores precisa - além de poder prover uma análise objetiva do que está acontecendo com você, como por exemplo, detectar que você está treinando demais, que o seu treino está muito curto, ou que é melhor você treinar três vezes por semana ao invés de cinco (ou vice-versa).

Tim Noakes, um grande pesquisador do treinamento de corrida, aponta a capacidade de tratar cada corredor como uma pessoa única e descobrir qual a melhor forma de treiná-la, como uma das mais importantes características de um bom treinador. Ele chega a dizer que bons treinadores são 50% de conhecimento do esporte e 50% de inspiração. E, para quem treina, o desafio continua a ser encontrar um técnico capacitado e com quem você consiga se relacionar bem - e que esteja disponível para te escutar (esse desafio às vezes não é uma tarefa fácil).

Alcançar objetivos requer confiança mútua e muita troca de informações, pois são essas trocas que fazem o seu treino avançar, estabilizar ou até regredir. Assim você se previne para não passar do ponto e aumenta as suas chances de extrair o máximo de si. Se puder, se dê essa chance, experimente confiar seu treino nas mãos de alguém e preocupe-se em seguir as propostas e cumprir os objetivos. Isso tem uma grande chance de funcionar com você. E lembre-se, fazer exercícios é um prazer.